Final Fantasy I - Review

Observações: Nível de spoiler baixo, talvez inexistente. Fiz comparações com DQI que é o único RPG que já fechei da época.


Alguns fatos sobre o jogo:

* Final Fantasy é inspirado / teve influências de Dragon Quest I, Ultima e The Legend of Zelda.
* Primeiro jogo onde, ambos heróis e monstros, são vistos no sistema de batalha simultaneamente.
* Possivelmente o primeiro RPG onde há mais de um monstro por batalha.





Apresentação:

- subseção manual:

A capa americana não faz muito sentido, mas vou pular este fato. O manual contém quase todas as informações que deveria ter para um bom entendimento do jogo, mas está muito mal organizado. Além disso contém um alto nível de spoiler que alguns jogadores não gostariam de ver. Se fosse mais organizado, com os spoilers separados numa seção mais no final prejudicaria bem menos.

Concordo que é um pouco bagunçado e acho que tem um nível de spoiler, mas não alto, mas contém spoiler não baixo, perde pontos.

- subseção telas e menus:

Tela inicial contando a história e música muito boa (Dragon Quest I não tinha uma tela com a história só a música muito boa), mas ficou devendo uma tela de título. Tela de opções simples (boa), mas o Respond Rate com default 1 é um ponto negativo. A tela de início de jornada foi muito legal também dando um clima bacana (e inesperado) ao jogo. Os menus do sistema de batalhas são bem montados, assim como o menu principal (dos personagens, não o de início de jogo).

Na minha avaliação ter Respond Rate em 1 como default não é um ponto negativo, os níveis altos como 6, 7 e 8 podem agradar os mais exigentes, e para época não é de se espantar que os níveis 1 e 2 estejam lá. Oque você citou de bom também concordo.

Observo que em Dragon Quest I armas, magias, itens e status não têm esse limite de caracteres. Por exemplo, o equivalente de "ARMOR" é "Defense Power", em vez de SMALL tem-se "Erdrick Sword", etc.


Gráficos:

Muito bons, a maior parte facilmente se sabe o que representa. Alguns detalhes talvez pudessem ser melhores (a conferir as seqüências FFII e FFIII), entretanto os gráficos das cidades e castelos no mundo é muito superior ao de Dragon Quest I. Sistema de batalha tem menos detalhes de fundo que em Dragon Quest I, por outro lado inova com a presença dos heróis na tela e animação dos ataques.

O efeito após alcançar o altar de um dos elementos (fiends) é show! Muito bom e inesperado considerando que é o NES.

Bom, é curioso como nossa memória visual pode nos enganar, eu ia escrever que achava fraco os gráficos, mas antes disso fui conferir outros jogos como Zelda e Mario, e realmente o gráfico está num nível muito bom no NES, poderia ser melhor nas dungeons, em alguns lugares as portas ficavam quase camufladas pela falta de detalhes, na batalha achei muito bom, de modo geral é bom mas com poucos detalhes.

Som:

Músicas com bastante variedade, tendo uma música para: cidades, dungeons, batalhas, final das batalhas, abertura, início da jornada, barco, barco-voador, game-over, e provavelmente mais algumas que não me lembro no momento. Todas muito boas, embora a qualidade sonora talvez um pouco abaixo de outros jogos.

Já os efeitos sonoros são poucos e simples, o que não quer dizer que sejam ruins. Considerando as limitações da época eles me parecem muito bons. Uma coisa que me decepcionou é que tocar o alaúde (LUTE) não gera uma música nova ou pelo menos algum efeito sonoro, diferente de tocar a flauta de Dragon Quest I aonde se escuta a flauta tocando, assim como em Zelda.

Acho que disse tudo, ótima músicas e em bom número, fui confirmar e a qualidade está abaixo de outros jogos principais do NES como Mario e Zelda.

Jogabilidade:

O sistema de batalha é muito bom, mas um pouco lento. Atacar o vazio prejudica um pouco e fica meio fora da realidade. Salvar é melhor que em Dragon Quest I, mas ainda assim as longas dungeons sem save são cansativas (morrer na saída de uma dungeon e ter que jogá-la toda de novo é um pé no saco). Falar com as pessoas é bom, principalmente se comparar com Dragon Quest I (tinha-se que acessar o menu de opções e selecionar 'falar').

Comprar os itens em grande número é chato (mas pra época aceitável), mas se comparado a Dragon Quest I pode-se carregar muito mais itens (por outro lado Dragon Quest I é bem mais realista, pois o cara só carregava o que uma pessoa provavelmente conseguiria). Um ponto negativo é a falta de um espaço extra para carregar o equipamento de defesa, pois considerando que os personagens estão equipados com armadura, escudo, elmo e luvas, não sobra espaço para novos itens então... como coletar os itens das dungeons? Isto pode não ser um problema de início mas da metade pro fim do jogo se torna uma dor de cabeça...

Nos quesito itens e espaço concordo com você, analisando só do ponto do jogo, sem querer comparar com outros jogos, o fato de não poder analisar outros equipamentos por falta de jogo encomoda, assim como comprar 99 de um item, tendo que fica apertando o botão, repondendo 2 caixas de dialógo, eu usei o Turbo do NES, e mesmo assim demorava pra comprar as 99. Uma Hi-Potion ou um jeito de comprar rápidamente como escolher quanto quer comprar resolveria, ponto negativo nisso, pois precisa comprar as 99.
O fato de ser randômico o primeiro ataque me encomoda um pouco, quanto a o sistema de batalha lento, eu não o considero, não me encomodei com isso, ok só às vezes, quando tinha que aguentar as magias que atacam todos os integrantes seguidamente por minha parte e do inimigo, mas não chego a descontar por isso. No mais, a jogabilidade é muito boa.

Enredo:

É bom (para época), e ainda hoje aceitável. Pequenas coisas como salvar a princesa raptada e conseguir uma chave para abrir portas deve ter sido tirado de Dragon Quest I, mas de resto é muito bom com a história tendo alguns acontecimentos inesperados.

Embora comum nesse tempo, alguns NPCs não foram devidamente atualizados e isso complicou um pouco a história e também a condução do jogo (falo especificamente dos 12 sages de Crescent Lake).

O final é o mais longo que vi até agora do NES, e concluí bem o enredo.

Bem lembrado os 12 sages fizeram papel de bobo, eu achei péssimo o desempenho dos NPC, muito ruim, apenas 1% se atualizou com os eventos, o resto ainda falavam coisas que não faziam mais sentido há muitos séculos no jogo.
A Condução foi muito boa pra mim, só me tranquei uma única vez, e por besteira minha, não tinha notado que tinha o caminho pra encontrar os 12 sages e por isso dei mais 2 voltas no mundo à toa.
O enredo de um mood geral foi simples, bom e compreensível, no final pode-se dizer que foi até poético. Os detalhes do texto do jogo que ficaram de fora na versão USA, pesaram contra, os textos tinham mais ambientação, mais detalhes e facilitava a condução do jogo, mas temos que avaliar como está essa verão, uma pena.

Condução:

Na média a condução é muito boa, a liberdade de ir a vários lugares é excelente, mas em alguns momentos a falta de saber aonde ir acaba sendo chato. O pior momento, onde a falta de condução é crítica é a busca pelo 'barco-voador'.

Outro ponto negativo é como o mini-game secreto está escondido, devia ser acessado de maneira diferente (como indo a tal lugar onde se encontraria o mini-game) e não por apertar B enquanto segura A durante uma viagem de navio.

Discordo, pois o único momento que ficou chato foi um erro meu, então não encontrei problemas na condução.
É verdade, o barco talvez deva ter dado trabalho, a verdade é que o encontrei totalmente sem querer e na sorte, eu tinha coisas a fazer, e de repente o encontrei.
O mini-game é tão escondido, que não o considero, só sei que existe porque vc falou.

Diversão:

Ótima até a dungeon começar a parecer inacabável (quando você não pode parar de jogar porque primeiro precisa conseguir salvar). Outro ponto chato do jogo é a busca pelo 'barco-voador' (sim, sei que já falei, mas é realmente chato). Por fim as batalhas inúteis e as batalhas longas (e por vezes seguidas) prejudicam também, pois desacelera o progresso do jogo.

Bom, em algumas dungeons no final, não são as batalhas longas que me encomodam, mas várias delas em sequências, isso realmente atrapalha o andamento dentro da dungeon principalmente as estilos labirintos em que vc tentava mentalizar o caminho que fazia, então encontrar batalha a cada 2 passos não foi legal, tirando isso achei tudo muito bom.
Achei o jogo de muito boa diversão, talvez por ficar fácil pra mim com o BlackBelt, não sei, mas os únicos pontos que estragaram um pouquinho a diversão, foram:
1-Não ter idéia do que Magias, Itens e Armas fazem, magia e item o Manual ajudava. Armas nem oque são dava pra saber.
2-Lotação máxima do espaço para ARMORS, tendo que jogar fora boas peças por lixo.
3-Potion recupera 20 HP de um total de 600, não tem "Hi-Potion", comprar 99.
4-NPCs super por fora das paradas.
5-Em alguns lugares, o chefão foi muito mais fácil que os monstros que os cercavam.
Todos esses fatores foram considerados em relação ao andamento do jogo, nunca comparando com outros jogos.

Desafio:

O desafio não é ruim, mas a mudança drástica do nível dos monstros em alguns pontos do jogo acaba deixando a dificuldade desregulada. Algumas dungeons (Marsh Cave por exemplo) são muito difíceis, mesmo com o habitual treinamento pré-dungeon. O ganho de experiência e dinheiro é justo sendo melhor para evoluir que em Dragon Quest I (as sessões de treino são menos cansativas). A "península do dedo" é muito útil, foi outra boa surpresa.

Concordo em parte, foi só no inicio do jogo isso, apenas percebi uma desregulação quanto aos chefes, a península é boa e foi muito útil na primeiro terço ou quarto do jogo.
Dou mais pontos ao desafio pois usando grupos diferentes, o desafio pode mudar drásticamente, 6 classes com possibilidade de escolha de apenas 4 foi uma ótima jogada.

Keep Going:

A taxa de encontros de monstros até que é boa, o problema é o encontro com os monstros muito fracos são inúteis e só serve para perder tempo... As mortes em dungeon costumam ser muito chatas também, e algumas localidades com monstros que paralisam podem se tornar extremamente desafiadores (e chatas). As longas dungeons e ocasionalmente a dificuldade de achar o caminho certo, além dos detalhes mencionados anteriormente, acabam cansando e gerando um Keep Going não tão bom.

Me acostumei a fugir de batalhas com os fracos e foi tranquilo, tive poucas mortes, 2 acho, todos os fatores citados de não tão bom Keep Going foram recebidos por mim por um bom desafio, quando precisou treinei um pouco, mas foi muito menos que imaginava, o Keep Going comigo foi excelente, eu não queria que acabasse, dentro de algumas dungeons o Keep era um pouco mais baixo.

Replay:

A possibilidade de montar partys diferentes garante um bom replay ao jogo.

Eu diria mais, um excelente Replay, isso sem conta que suspeito, que a intenção deles era vc jogar várias vezes para ir aprendendo a usar os status que armas e acessórios causam, lembre-se também das magias, que em uma jogada não dá pra conhecer todas, e como estamos falado do NES, pra mim é nota 10.

Extras:

Mini-game secreto, mas é tão secreto que só vi em vídeos... melhor que nem tivesse.

Nada cita esse mini-game, nem o jogo e nem o Manual, e o método de consegui-lo o torna quase impossível que o acesse ao acaso. Muito mal.

Originalidade:

Inovou principalmente com o sistema de batalha e evoluiu boa parte daquilo que foi baseado em outros jogos. Acarretou na criação de outros Final Fantasy's e contribuiu muito na evolução do gênero.

Como fica díficil analisar sem jogar os RPGs anteriores ou lendo os detlhes dos outros, achoq ue só comparando oque o jogo proporciona em relação aos outros da época e do NES, dá pra contar uma boa originalidade, mesmo com algumas coisas presentes e jogos mais antigos mas com coisas novas que foram perpetuadas.

Bugs Encontrados:

* A mulher invísivel do primeiro castelo: Não prejudica o jogo, de fato acho que até acrescenta, como um "secret" não intencional. [FOTO 3, lá em cima]
* NPCs e morcegos nas paredes das Dungeons: Prejudica, pois perdi tempo procurando por passagens secretas que desse acesso a eles. [FOTO 4, lá em cima]
* Portas multiplicadas: Não prejudica, mas é esteticamente feio. [Devo ter foto, em breve]
* Magias que não funcionam: Esse é o pior, muito prejudicial, magias não funcionam e outras tem o efeito inverso, exemplo, em vez de deixar o inimigo mais fraco, deixa ele mais forte.
* Tile de monstros fixo: Pode não ser bug, mas prefiro imaginar que sim, prejudica, embora pode ser usado a favor.

Ok, o que isto implica nas notas: A maior parte pode afetar (levemente) a nota geral e diversão, magias afetará a jogabilidade e o problema da parede na condução.